“Hold Still II”

our_hearts_will_beat_as_oneIn this little town
cars they don’t slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts

I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But girl you’re so far away

Oh, hold still for a moment and I’ll find you
I’m so close, I’m just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you’re so far away

Oh, I’ll hold still for a moment so you’ll find me
You’re so close, I can feel you all around me boy
I know you’re somewhere out there
I know you’re somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I’ll find you
You’re so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I’ll hold still for a moment so you’ll find me
I’m so close, I’m just a small step behind you
I know you’re somewhere out there
I know you’re somewhere out there
I know you’re somewhere out there

David Fonseca (Feat. Rita) (Singers)
“Hold Still II” (Song)
Our Hearts Will Beat As One (Album)

"O que é a Vida afinal?"

Pequeno mundo perdido.
Sentimento esquecido.
Dor e confusão.
Profunda mão.
Um sim?
Não.

É esconder tudo o que quero.
Tentar, mas nunca ser o primeiro.
Voar só no pensamento.
Ser um autentico excremento.
Cobarde e mentiroso
Irresponsável e orgulhoso
Gostar de ser como sou
Uma lágrima do meu avô.

Civilização cega e estúpida,
Tocados por ouro e roupa
Totalmente controlados à bruta
Pelo tempo e por gente corrupta!

Não sei se aqui consigo viver
Vou tentar não me iludir
Aconteça o que acontecer…

"Perguntas"

O que é sonhar, afinal?
O que é a felicidade?
O que é a mentira
E o q é a realidade?

O que é a vida?
O que é a morte?
O que é uma ferida
E o que é ter sorte?

O que é ser esquecido?
O que é ser achado?
O que é ser perdido
E o que é ser roubado?

O que é saber tudo?
O que é não ser nada?
O que é ser ouvido
E o que é uma espada?

O que é que eu próprio sou?
Quando é que tudo isto finda?
Serão sinais de quem voou
Ou de quem não nasceu ainda?

"Aquele Caminho…"

A caminho do nada
Mas a caminho do tudo,
Uma bala disparada
Sobre um coração mudo.

A dor é insuportável
E trás um calor distinto
Tem um travo incomparável,
O simples horror que sinto.

O sentimento é diferente
Mas a magoa é igual,
Fervor secreto e incandescente
Tudo lembranças de um animal.

Lembranças são o passado,
O presente ou o futuro?
Agora são sangue derramado
E tentar andar em frente é duro.

Mas o sentimento é diferente,
A melodia soa mais leve,
Mais solta e envolvente.

O que será do amanhã?
Seja o que tive ou não…
Sei que só vou ouvir o coração!!

"Tarde Sem Chuva…"

O chocalhar das folhas
No negro do céu
Uma aragem fria
Num cenário só meu

No fundo a musica triste
Melancolicamente perdida
Respira-me a mim da janela
Num só sopro de vida

Memórias dançam pelo ar
Sentimentos passeiam pelo chão
E a Tal dor de estômago volta
À força bruta de um empurrão

A lista desliza
Canção após canção
Mas nada vocaliza
O que sente o coração

Quero lavar o sabor
Do velho e do esquecido
Quero aprender a presença
E a novidade do não prometido.

‘More then words’, he says…
Yeah, maybe not… maybe so.

"Baloiço na Estação"

Pensa bem por favor
Ter de suportar de novo a dor
Esconder tudo em meu redor,
Só por seres primavera…

Ninguém quer uma estação do ano
Nem um amor platónico e mundano
Ninguém quer que morra tudo hoje
Nem que amanhã morra outra vez
Querem antes ser quem te protege
E te demonstra sensatez…

Baloiço que vai e volta
Confusão perdida no tempo
Aragem que fecha a porta
E todos deixa a dormir ao relento

Houve tempos em que eras tudo
Bastava uma simples palavra
E ter-te-iam dado o mundo
Mesmo tu não dando nada.

“Far Away”

nickelback_all_the_right_reasonsThis time, This place
Misused, Mistakes
Too long, Too late
Who was I to make you wait
Just one chance
Just one breath
Just in case there’s just one left
‘Cause you know,
you know, you know

[CHORUS]
That I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you’ll be with me
and you’ll never go
Stop breathing if
I don’t see you anymore

On my knees, I’ll ask
Last chance for one last dance
‘Cause with you, I’d withstand
All of hell to hold your hand
I’d give it all
I’d give for us
Give anything but I won’t give up
‘Cause you know,
you know, you know

[CHORUS]

So far away
Been far away for far too long
So far away
Been far away for far too long
But you know, you know, you know

I wanted
I wanted you to stay
‘Cause I needed
I need to hear you say
That I love you
I have loved you all along
And I forgive you
For being away for far too long
So keep breathing
‘Cause I’m not leaving you anymore
Believe it
Hold on to me and, never let me go
Keep breathing
‘Cause I’m not leaving you anymore
Believe it
Hold on to me and, never let me go
Keep breathing
Hold on to me and, never let me go
Keep breathing
Hold on to me and, never let me go

Nickelback (Band)
“Far Away” (Song)
All The Right Reasons (Album)

“The Blowers Daughter”

damien_rice_oAnd so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can’t take my eyes off of you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes off of you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes…

And so it is
Just like you said it should be
We’ll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower’s daughter
The pupil in denial

I can’t take my eyes off of you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes off of you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes off you
I can’t take my eyes…

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can’t take my mind off of you
I can’t take my mind off you
I can’t take my mind off of you
I can’t take my mind off you
I can’t take my mind off you
I can’t take my mind…
My mind…my mind…
‘Til I find somebody new

Damien Rice (Singer)
“The Blowers Daughter” (Song)
O (Album)

Uma linha vermelha sobre o céu azul…

Entro no meu quarto e ouço o telefone tocar, berrar de forma atroz, um soluçar de medo e saudade. Olho de relance a mesinha e reparo que é ela. Acendo a luz da casa de banho e sento-me na sanita. Olho o chão e reparo em dois bichos, a correr em direcções totalmente ao calhas… totalmente perdidos. Errante no chão branco imaginei ser um deles… cego… distante… sozinho… indiferente… mas possivelmente feliz. Sentia que naquele momento éramos muito parecidos, tirando o ‘feliz’, eu era bicho. Ouço novamente o som dos “bips” a cairem como granadas, bombas descidas dos céus em guerra para me delicerarem. Julgarem me o coração… Apago as luzes, deixo só o candeeiro ligado, queria deitar-me no “puff” ou numa das redes do atrio a balouçar… acabei por pegar nos meus “phones”, deitar-me na cama e deixar o leitor percorrer a biblioteca de música como os bichos percorriam o chão… perdidos. Senti vontade de escrever, descarregar os impulsos eléctricos pelas sinapses a alta velocidade.
Divagar… queria explicar-lhe que não, que as coisas não eram assim tão simples, tão banais como ela dizia e teimava. Mas não me lembrava de nada… naquele preciso momento só me lembrava da imagem dela e dos lábios dela… do sorriso perdido e daqueles lindos olhos cor pôr-do-sol… das formas do seu corpo e da sua teimosia de ferro. O suor fez-me abrir a mão, lagar um pouco o pescoço à pobre da caneta… via o suor brilhar nas entre-linhas da palma da mão, via o fim de tarde… e sentia-a a ela a apertá-la suavemente e a contar-me histórias futuras.
Fechei os olhos… e durante algum tempo quieto a sentir o aglomerado de memórias a flutuar-me no cérebro… apercebi-me de que estava tudo acabado.
Não chorei… Não caiu uma única lágrima… caiu uma lágrima sim, de sangue, do fundo do meu coração… a lágrima do fim.
Voltei a abrir os olhos e como que uma rajada de vento em tempos de chuva surgiram as discussões todas… e as complicações todas… tudo o que de mau se tinha passado caíu-me finalmente nos ombros. Como pesavam… pesavam por terem cido sempre estúpidas e sem fundamento nenhum. Surgiu tudo num arrepio de calor… repentino, pela espinha acima, um calafrio gelado.
Peguei novamente na caneta e comecei a escrever:

Não me quero justificar Rosa, acho-te uma rapariga incrível, acho que deves seguir a tua vida em frente, trabalhadora e bem disposta como tens sido até hoje. Penso que não irás ter problema nenhum, nenhum mesmo. Vais alcançar todos os teus objectivos. É só tu querêres. Mas se um desses objectivos era eu, volto atrás e corrijo, serão todos menos um. Porquê…? Tentei mostrar, duma forma ou doutra, tentei explicar-me… mas a verdade é que não existe explicação. O tornado de sentimentos que existia dentro de mim foi sendo destruído por ti. Por faltares às tuas promessas e por não seres louca por mim… E lembro-me sempre de vários pormenores que me marcaram ao longo do tempo. A tua definição de ‘amar’… achei piada ao texto que vi escrito por ti, o diálogo que foste buscar para dares o teu ponto de vista. Acho que sim, acho que o filme que foste buscar é um bom exemplo de sobre o que é ‘amar’, mas o filme não é só uma cena… não é só um dialogo… é um conjunto de cenas imenso e gigante… e amar não é só o que mostra o diálogo que foste buscar… aceitar o outro… é isso sim, mas é isso e muito mais. É o que é mostrado do início ao fim do filme. Amar é viver em mudança… é realizar os sonhos de quem se ama.


Os trovões continuavam… não parava de tocar, via a luz branca a piscar fervorosamente ao fundo do quarto, ao fundo dos olhos. Sentia sono, sentia os olhos cansados e deitei-me para o lado… assim que fecho os olhos volto a lembrar-me de tudo pelo que passamos juntos, tudo de bom e de mau.

As promessas Rosa? Não significam nada? Há coisas que nos têm de ser interiores… mesmo assim quando se gosta tudo se perdôa, dão-se todas as segundas oportunidades. No final, e apesar de tudo é assim que nos acabamos por conhecer uns aos outros, na confusão e no sossego. Desdo início que tentava mostrar aquilo que sou e aquilo que quero. Sinceridade e frontalidade, o resto é relativo e muito menos importante. E não Rosa, não quero que mudes em nada, nunca quis, queria só que fosses já essas duas coisas.


Sentia os olhos ceder e apesar de ainda querer divagar por mais tempo, por mais alguns aspectos que me intrigavam, o cansaço era mais forte e hoje vencia. Depois de calado, peguei e li a última das várias mensagens que lá estavam. Com receio peguei na caneta com as forças microscópicas que ainda me restavam e de olhos semi-cerrados escrevi apenas mais uma frase:

Não Rosa, não existe nem nunca existiu durante todo o tempo, desde que te conheci até hoje, nenhuma outra mulher… só exististe tu… adeus.


Caiu-me por fim a cabeça por cima das folhas e a caneta rolou pelo lençol, caída e algures abandonada. Com o passar da noite ela esvai-se em tinta… numa mancha azul escura, negra… como a mágoa que estava a sentir naquele instante…